Na terra da cana, 17% da produção de etanol já provém do milho

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Folha de S.Paulo

Na terra da cana-de-açúcar, o etanol de milho se incorpora cada vez mais à matriz energética brasileira. A produção desse combustível já representa 17% de toda a produção de etanol.
O crescimento vem sendo rápido nos últimos anos, principalmente pela disponibilidade do cereal no Centro-Oeste. Na safra 2022/23, a produção de etanol provinda de milho era de 4,4 bilhões de litros. Na de 2023/24, está estimada em 5,92 bilhões de litros.
Os dados são da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que divulgou, nesta quinta-feira (18), um novo levantamento do setor sucroenergético. Ao contrário do que ocorreu com outras áreas agrícolas, o clima ajudou o setor a gerar números recordes.
Impulsionada também pelos recentes investimentos, a safra nacional de cana sobe para 713 milhões de toneladas, 17% a mais do que no período anterior. O farto volume de matéria-prima deverá gerar 45,7 milhões de toneladas de açúcar e 29,7 bilhões de litros de etanol.
A produção de açúcar, puxada pelo incremento na região Sudeste, cresceu 24% na safra que terminou no final de março, enquanto a de etanol de cana subiu 12%.
A evolução da produção de etanol de milho tem um ritmo bem mais acelerado do que o do produto da cana. Na safra 2023/24, as indústrias colocaram 33% a mais etanol de milho no mercado.
As estimativas da Conab para a safra que terminou é de um rendimento de 85,6 toneladas de cana por hectare.
A melhor produtividade, em percentual, veio do estado do Amazonas, que colheu 79 toneladas de cana por hectare, com aumento de 39%. Apesar desse crescimento, a média fica bem distante das 85,6 toneladas do patamar nacional. São Paulo lidera com 94 toneladas.
A área cultivada com cana no Brasil teve aumento de apenas 0,5%, mas a produtividade subiu 16%, permitindo um aumento de 17% no volume total de cana.
Em São Paulo, a cana-de-açúcar perdeu espaço, com redução de 1,5% na área, mas elevou em 24% a produtividade e em 23% a produção total de matéria-prima.
Bahia e Mato Grosso lideraram no aumento de área cultivada, com elevações de 15% e 11%, respectivamente. Paraná veio a seguir com 10%.

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