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Fonte: UOL | Economia

A recuperação está em curso e o consumo voltou. Após dois anos, o comércio voltou a crescer e fechou 2017 em alta de 2%. O resultado foi influenciado pelas vendas de móveis e eletrodomésticos, que voltaram a aumentar com a queda dos juros. O resultado de dezembro caiu em relação a novembro, mas reflete a comparação com novembro quando ocorreu a Black Friday.
A expansão do consumo tem sido desigual. No comércio varejista ampliado, que inclui a atividade de veículos e de material de construção, o volume de vendas subiu 4% em 2017, a taxa mais elevada desde fevereiro de 2014. Sem considerar estes itens, a alta foi de 3,3%, mas apenas metade das atividades cresceram em relação a dezembro de 2016.
O principal impacto veio de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,5%), seguido por tecidos, vestuário e calçados (7,0%), móveis e eletrodomésticos (8,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,1%). Os seguintes setores ainda apresentaram queda: combustíveis e lubrificantes (-7,2%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-18,2%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-9,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%).
Apesar do avanço, o nível de consumo ainda está longe do período pré-crise. 2017 rompeu dois anos de queda nas vendas nacionais, mas ainda não compensou a perda de 10,2% acumulada em 2015 e 2016.
A perspectiva segue positiva para o varejo neste ano, especialmente devido à melhora no consumo das famílias. A inflação baixa, juros em queda, melhora da confiança e uma modesta recuperação do mercado de crédito e trabalho justificam tal cenário.
A volta do consumo é uma boa notícia. Mas o crescimento sustentado exige maior equilíbrio entre setores e componentes da demanda. Requer em especial a volta do investimento. E esta, por sua vez, o reequilíbrio das contas públicas. Há um longo caminho a ser percorrido que passa pela reforma da previdência.

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