Petróleo avança com estoques americanos de gasolina e conflito em Gaza no radar

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Valor Econômico

Os preços do petróleo terminaram a quarta-feira (7) em alta impulsionados por dados de estoques dos EUA, divulgados hoje pelo Departamento de Energia (DoE) do país. O contrato futuro de petróleo Brent, a referência mundial, para abril avançou 0,79%, a US$ 79,21 por barril, enquanto que o WTI, a referência americana, para março subiu 0,75%, a US$ 73,86 o barril.

Segundo o DoE, os estoques de gasolina e destilados – principalmente diesel – caíram mais de 3 milhões de barris na semana passada. Os estoques de diesel, agora em 127,574 milhões de barris, estão 7% abaixo da média esperada para o período. Já os estoques de gasolina caíram para 250,988 milhões, 1% abaixo da média.

O resultado revela forte demanda por gasolina e destilados durante a semana passada. Já os estoques de petróleo subiram 5,5 milhões de barris no período. Apesar de ser uma alta expressiva, o aumento dos estoques americanos de petróleo decorre de uma queda na utilização das refinarias para 82,4% — provavelmente resultado de manutenção nas unidades refinadoras, o que tradicionalmente acontece no início do ano.

O suporte também veio do potencial acirramento dos conflitos no Oriente Médio. Hoje, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou a proposta do Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, prometendo seguir com as ofensivas militares até alcançar a “vitória total” no conflito. Também funcionou como suporte para os preços, novas projeções que indicam menor oferta e maior demanda. Analistas do UBS esperam que a oferta de petróleo fique um pouco abaixo da demanda, à medida que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) devem prolongar os cortes voluntários de produção até o meio do ano.

Também contribui para a projeção de oferta menor uma potencial estimativa de produção dos EUA menor do que a realidade. O UBS projeta um preço de petróleo Brent entre US$ 80 e US$ 90 por barril nos próximos meses, de cerca de US$ 79 hoje.

Ontem, em seu cenário de curto prazo, o Departamento de Energia (DoE) dos EUA projetou uma desaceleração da produção americana de petróleo em 120 mil barris por dia, para 170 mil barris diários. Também na terça (6), o Bank of America (BofA) projetou que a demanda global por petróleo deve continuar crescendo até 2030, puxadas pelo forte consumo de petroquímicas e de companhias aéreas por combustível de avião.

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