Volks testará uso compartilhado de carro

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Fonte: Valor Econômico

A Volkswagen prepara-se para começar a testar no Brasil um serviço de uso compartilhado de veículos. Segundo o presidente da empresa na América Latina, Pablo Di Si, o local ainda não foi decidido. A ideia é usar preferencialmente uma frota de veículos elétricos.

Há poucas semanas, a Volks lançou o chamado “car sharing” em Berlim. A frota inicial da empresa para esse serviço na cidade alemã é composta por 1,5 mil carros da versão elétrica do Golf. O uso compartilhado do carro custa 19 centavos de euro por minuto. Isso significa que uma viagem de meia hora sai por € 5,7, menos que o custo der uma corrida de taxi.

“No Brasil, estamos estudando qual veículo usaremos e onde o serviço será oferecido”, afirma Di Si. Segundo o executivo, no caso da Europa, Berlim foi escolhida por ser uma cidade cosmopolita, na qual boa parte da população mais jovem tem optado por não ter carro e nem casa própria.

A Volks ainda não lançou carros elétricos no Brasil. Na semana passada, durante o salão de Frankfurt, Di Si afirmou que a montadora analisa que tipo de modelo elétrico poderá ser vendido nos mercados da América do Sul. O grupo mostra, no salão alemão, o ID 3, primeiro carro totalmente elétrico da Volks feito sobre uma plataforma especialmente desenvolvida para essa finalidade. O veículo será lançado na Europa em 2020, quando também entrará na frota do serviço de compartilhamento em Berlim.

A Volks planeja lançar 20 variações de carros elétricos da marca no mundo até 2025 e mais de 70 antes de 2030. A variedade de opções permitirá, segundo Di Si, que a operação latino-americana possa escolher os melhores modelos para a região. Até o fim deste ano, a montadora lançará um Golf na versão híbrida plug-in – um modelo híbrido que pode também ser carregado em tomada. A montadora planeja lançar seis modelos híbridos e elétricos na América do Sul nos próximos cinco anos.

Di Si mostra-se entusiasmado com o crescimento das vendas da marca no Brasil. No segundo lugar, atrás da General Motors, a marca alemã ficou com 15,35% dos licenciamentos de automóveis e comerciais leves de janeiro a agosto. O mercado interno tem compensado a redução das exportações, provocada pela crise na Argentina.

Segundo Di Si, as vendas da Volks do Brasil para o mercado argentino vão cair 50% neste ano na comparação com 2018. Mesmo assim, ele projeta um aumento de 10% na produção das fábricas brasileiras em 2019 em relação a 2018. Além do Brasil, crescem as vendas para Colômbia, África do Sul e México.

Nesta semana começa o embarque do primeiro lote do utilitário esportivo T-Cross para o mercado mexicano, um contrato fechado recentemente. “Os mexicanos pediram para adiantarmos a exportação que inicialmente começaria no próximo ano”, diz o executivo.

Lançado em fevereiro no mercado brasileiro, o T-Cross é o primeiro utilitário esportivo produzido pela Volks no Brasil. Resultado de investimento de R$ 2 bilhões na fábrica de São José dos Pinhais. O T-Cross é um dos 20 modelos que a Volks planeja lançar no Brasil entre 2017 e 2020. A renovação da linha de produtos é um dos principais focos de um programa de investimentos que totalizará R$ 7 bilhões durante esse período.

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