Money Times
O petróleo testa um ajuste de baixa nesta quinta (15), após a forte alta da véspera, quando dilatou ainda mais a defasagem do preço da gasolina praticada nas refinarias. E aumenta a ameaça do etanol hidratado, pela possibilidade de a Petrobras (PETR4) fazer correções.
O biocombustível vem tendo seguidas recuperações nas vendas diárias das distribuidoras (mais 3,03% ontem, em Paulínia), e uma moderada alta na semana passada nas usinas, ambos por indicações do Cepea/Esalq, diante da competitividade que vinha mantendo, baixos estoques e baixa produção neste início de safra.
Mas agora já encontra a gasolina em defasagem de menos 9% e a colheita da cana ganhando ritmo, o que tende a elevar a produção do derivado.
Pelas contas da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o percentual representa R$ 0,26 depois de o petróleo subir quase 5%, ao superar os US$ 66 o barril em Londres. O diesel está em menos 7%.
No dia 24, a estatal promoveu uma redução de 4% nas refinarias nos dois combustíveis de origem fóssil e, na semana de 4 a 9 de abril, a ANP registrou leve redução nos postos.
Se o óleo cru seguir na expectativa mais positiva de aumento do consumo, por sintomas da vacinação em massa entre os grandes consumidores (menos o Brasil) e redução de estoques nos Estados Unidos, a Petrobras acabará tendo de fazer algum reajuste, mesmo que preenchendo a totalidade da defasagem da gasolina, como já é comum.