Gasolina continua a subir e trabalhadores optam por transporte público – Times Brasilia

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Times Brasília

Com a gasolina a quase seis reais e o etanol em alta, trabalhadores deixam o carro em casa e apelam ao transporte público, onde há risco de aglomerações. Dono de posto afirma que margem de lucro está próxima de zero

A alta no preço dos combustíveis tornou-se uma constante na vida dos brasilienses. No posto Shell da 306 Norte, a gasolina subiu de R$ 5,68 para R$ 5,97 na última terça-feira (19/05), enquanto o etanol se manteve a R$ 4,99. No posto da Shell localizado na 307 Norte, a alteração nos preços ocorreu na segunda-feira, repetindo os novos valores da gasolina. Mas o etanol subiu de R$ 4,70 para R$ 5,00.

Esses reajustes, apesar do dólar estável e da interrupção de reajustes nas refinarias, têm assustado os consumidores. Com o preço proibitivo dos combustíveis, muitos motoristas optaram por deixar o carro em casa e utilizar o transporte público. É o caso de Marcino Barros, 53 anos, assistente de serviços. Ele mora em Águas Lindas de Goiás e disse que ficou inviável de vir até o trabalho, na 106 Norte, de carro. ‘A gasolina está muito cara, para eu vir até aqui, gastaria muito’, lamenta.

Ele observa a mudança de hábito. ‘Quase sempre andei de transporte público. Agora que a gasolina está com valores absurdos, decidi que andar de ônibus seria melhor para o meu bolso. Pego dois ônibus e chego ao trabalho’, conta. Em relação às aglomerações no ônibus em meio à pandemia da Covid-19, Marcino afirma tomar todos os cuidados possíveis.

O vendedor Lucas da Costa Lima, por sua vez, ainda prefere o carro. ‘Eu prefiro utilizar o carro, gastar a mais com isso, porque o preço dos transportes também está alto e tem muita aglomeração, o que é perigoso durante a pandemia. Além disso, os ônibus quebram muito e eu chego atrasado, já aconteceu comigo duas vezes’, afirma o morador de Planaltina.

Sobre o combustível, Lucas afirma que o carro dele não é flex. Ele não pode abastecer com álcool, então, o combustível acaba pesando no orçamento. ‘Todos os dias boto R$ 50,00, não dá para nada’, queixa-se.

O dono do posto Jarjour, Wonder Jarjour, 31 anos, tenta reduzir os preços para não perder clientes. ‘A concorrência atualmente está muito predatória, muitos postos estão abaixando o preço, chegando à margem quase zero apenas para manter a operação girando. E isso causa um efeito dominó, pois todos acabam tendo que baixar os preços para acompanhar o mercado e manter a clientela’, conta.

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