Raízen vende só 8% do capital e vai à B3 valendo R$ 25 bi a mais que Cosan

Renault aposta em veículos comerciais a hidrogênio
03/08/2021
Preços do petróleo caem mais de 3% com alta de oferta da Opep e temor sobre demanda
03/08/2021
Mostrar tudo

O Estado de S.Paulo / Broadcast

Com a venda de pouco mais de 8% de seu capital a investidores, a empresa de energia renovável Raízen deve chegar à Bolsa com um valor de mercado superior ao de sua controladora, Cosan, dona de 50% na empresa. O processo de definição do preço das ações na oferta inicial (IPO, da sigla em inglês) da Raízen, da qual a Shell tem os outros 50%, acontece nesta terça-feira (3). A demanda já é três vezes superior à oferta, com procura alta entre investidores estrangeiros, pelo fato de a companhia ter se apresentado com a pegada de sustentabilidade e como uma alternativa à transição energética de combustíveis fósseis para renováveis. Os pedidos estão sendo feitos no menor valor sugerido para os papéis, que vai de R$ 7,40 a R$ 9,60. Por isso, a expectativa é de preços entre o meio e o piso dessa faixa.
Nesse patamar, a Raízen chegaria à B3 avaliada em R$ 73 bilhões – ou R$ 25 bilhões acima do valor de mercado desta segunda (2) da Cosan, de R$ 48 bilhões. O IPO da Raízen pode movimentar R$ 6 bilhões, considerando a colocação do lote principal ao preço mínimo. No melhor cenário, com ações no topo da faixa, a Raízen valeria R$ 95 bilhões.
A empresa está colocando apenas 8,17% de suas ações no mercado no IPO, o chamado free float – ou 10,72% caso os lotes extras sejam comprados. A expectativa é que a Raízen faça uma oferta subsequente (follow on) mais adiante para elevar a fatia das ações. O Nível 2 de governança corporativa da B3 exige ao menos 25% de free float. Procurada, a Raízen não se pronunciou por estar em período de silêncio.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *