STF lança incerteza sobre abertura do refino e dívida da Petrobras

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Valor Econômico

A suspensão do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a venda das refinarias da Petrobras, no momento em que o placar da Corte contabiliza três votos contrários à estatal, coloca a abertura do refino em uma nuvem de incertezas.
A derrota parcial não impede a companhia de avançar com as negociações em curso para venda das refinarias Landulpho Alves (BA), para o Mubadala, e Presidente Vargas (PR) – disputada pela Ultrapar e Raízen. A indefinição, porém, levanta dúvidas sobre a capacidade da empresa de reduzir dívidas e pagar mais dividendos – bem como alimenta temores quanto ao futuro da quebra do monopólio da petroleira no setor.
“A abertura do refino traz a oportunidade para que o Brasil tenha um mercado mais aberto, mais competitivo e diverso, o que é saudável e bem-vindo. Uma interrupção em processo como esse insere insegurança numa área intensiva em capital e mina a agenda de atração de investimentos privados. Cria também um dilema para quem está vendendo e que tem um compromisso com o Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômico]”, afirma a presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Clarissa Lins.
Existem três desfechos possíveis que trazem, em maior ou menor grau, riscos para a Petrobras. Dentro do cenário mais otimista para a estatal, a derrota parcial é revertida e o STF conclui a votação dando aval para que a empresa prossiga com as vendas ainda este ano – a retomada do julgamento está prevista para ocorrer em 2020.

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