Aposta em carros elétricos cresce com novos postos de recarga de baterias

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Fonte: O Globo

Os carros elétricos estão deixando de ser uma realidade distante para os brasileiros. Após a inauguração do primeiro corredor de postos de recarregamento de baterias no país, entre Rio e São Paulo, um plano de expansão já está em estudos.
Segundo Antonio Guetter, presidente da Copel (companhia de energia do Paraná), as empresas de eletricidade de Santa Catarina, Paraná e São Paulo já estão debatendo o assunto.
A ideia é instalar pontos de recarga na BR-101. Assim, e com os postos da BR-116 (Via Dutra), seria possível ir do Rio a Florianópolis em um carro elétrico. A extensão do corredor quase triplicaria, passando dos 435km atuais para 1.150km.
O modelo será semelhante ao inaugurado em junho na Dutra, pela parceria EDP-BMW-Ipiranga. Os pontos serão instalados em postos de combustíveis na beira da estrada. Os totens terão sistema para recarregar 80% da bateria em aproximadamente 25 minutos. A instalação de cada ponto custará cerca de R$ 150 mil.
A infraestrutura para recarga ainda é o maior obstáculo para os elétricos no país. As grandes operadoras ainda não sabem como cobrar ou estabelecer preços para o serviço. Para se ter uma ideia, a parceria EDP-BMW-Ipiranga está dando recargas grátis na Via Dutra até o fim deste ano — e ainda está calculando como vai cobrar no ano que vem.
A VOZ DO DONO
Aureliano Lima Filho já tem sua estimativa. Dono de um BMW i3 há três anos, o empresário carioca fez os cálculos baseando-se na diferença dos valores de suas contas de luz antes e depois de comprar do i3.
— Após 36 mil quilômetros, em idas e vindas do trabalho, uns 60 quilômetros diários, recarregar as baterias do carro em casa encareceu a conta de luz em apenas R$ 40 — relata Aureliano.
É um valor bem inferior aos quase R$ 900 dos quatro tanques de gasolina que ele gastava por mês antes de ter um elétrico.
Alguns edifícios já começam a se adequar na construção. É o caso do East Side, lançamento da Tegra Incorporadora, no Méier, previsto para ficar pronto em 2021. Os folhetos de propaganda apregoam que o condomínio terá vagas especiais para recarregar baterias. Segundo a construtora, serão duas vagas rotativas, uma por bloco. Como os carros elétricos ainda são muito raros, o gasto será baixo e vai entrar nas despesas gerais do condomínio. O problema vai ser quando a frota crescer…
Empresas no Rio já começam a usar veículos elétricos em seus serviços. A Comlurb, por exemplo, começou com pequenos furgões na coleta de lixo em hospitais e, em breve, vai usar caminhões “verdes” na coleta. O mesmo vale para companhias de recolhimento de resíduos especiais.

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