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Fonte: Exame

Embora a Arábia Saudita e seus aliados possam estar considerando todos os meios possíveis para conter a desvalorização dos preços do petróleo, as opções disponíveis são poucas.
Os maiores exportadores de petróleo do mundo já tentam sustentar os preços desde o começo do ano com cortes na produção. No entanto, o fato de a cotação do petróleo tipo Brent no mercado futuro ter despencado para a mínima em sete meses na quarta-feira demonstra os limites dos poderes do grupo.

Ao contrário de baixas anteriores do mercado, o problema imediato não parece ser o excesso de oferta. Desta vez, uma economia global desaquecida e uma prolongada disputa comercial entre EUA e China colocam um freio à demanda por combustíveis. Mesmo que os sauditas e outros membros da coalizão Opep decidam reduzir ainda mais a produção, o grupo pode ter dificuldade para recuperar os preços.

Faz pouco mais de um mês desde que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros concordaram em manter as restrições de oferta até o início de 2020. Os esforços do grupo no primeiro semestre deste ano foram efetivamente duplicados, com sanções e crises políticas achatando a produção de países membros como Irã e Venezuela.

No entanto, a semana passada mostrou queda de cerca de 12% nos contratos futuros do petróleo tipo Brent, que a US$ 57 o barril está muito abaixo dos níveis que a maioria dos países da Opep precisa para cobrir os gastos dos governos.

“O movimento brusco que vimos nos últimos dias provavelmente deixou mais evidente de que não está funcionando”, disse Edward Bell, diretor de pesquisa de commodities do banco Emirates NBD PJSC, sobre a estratégia da Opep+.

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