Petrobras mantém política de preços, diz Parente

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Fonte: Valor Econômico

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, avaliou ontem, durante evento em Nova York, que a elevada brusca do dólar não deverá afetar os preços dos combustíveis nem a dívida da companhia. Segundo o executivo, a estatal vai manter o seu planejamento estratégico diante da crise política, com a continuação do processo de venda de ativos e sem alterações na política de preços de combustíveis.
Uma eventual saída de Michel Temer da Presidência da República também não afetaria a Petrobras, pois o conselho de administração da companhia aprovou um mandato para o presidente-executivo até abril de 2019, destacou Parente.

"É exatamente pelo fato de termos uma política de preços que prevê um ajuste no mínimo mensal é que a companhia pode reagir a esses movimentos de maneira adequada", afirmou Parente, antes de fazer uma apresentação no evento do Banco Itaú, no hotel Lotte New York Palace, em Nova York.

De acordo com ele, como não forma o preço de commodities e também não interfere na definição do câmbio, a companhia deverá reagir conforme os acontecimentos. Questionado se os acontecimentos poderiam mudar a política de preços, Parente respondeu: "De maneira nenhuma. Será exatamente a mesma. E é por termos uma política dessa natureza que aa companhia fica protegida num momento como esse".
A dívida da empresa também não será afetada, avaliou Parente. "O que nos importa é o impacto do dólar sobre a totalidade das contas da companhia. Uma depreciação do real tem um valor no consolidado, no conjunto, um impacto positivo para a empresa." Esse impacto positivo se dá, de acordo com ele, em função da combinação das receitas da empresa, em dólar, e das despesas, nas quais há uma parte em dólar e outra em real. "Quando se faz essa resultante, ela é positiva para a empresa", afirmou.
Parente disse que o dia é muito atípico "com uma reação muito forte a acontecimentos da maior relevância". "Nós temos que acompanhar para ver o que acontecerá nos próximos dias."

Ele não quis comentar a respeito das possibilidades de a crise se intensificar ou arrefecer. "Quem sou eu para falar algo diante de uma crise dessa magnitude. O que podemos dizer com serenidade é que a empresa vai continuar trabalhando e vamos operar a empresa de acordo com o nosso planejamento estratégico."
O presidente da Petrobras afirmou estar disposto a concluir o seu mandato até abril de 2019, mesmo que surjam mudanças na Presidência da República nesse momento, como, por exemplo, uma eventual saída do presidente Michel Temer. "Esse é o quadro existente e estou disposto a cumprir essa situação institucional", afirmou.

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