Ônibus a diesel e carros terão de pagar pedágio no centro de Londres

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Fonte: Diário do Transporte

A medida já causa polêmica, mas se depender do prefeito Sadiq Khan, Londres terá uma área de Ultra Baixa Emissão na região central que vai restringir ao máximo a circulação de veículos com combustíveis fósseis.

A ideia é cobrar um pedágio de cerca de 13 libras (em torno de R$ 50) para carros e caminhões que usam combustíveis fósseis.

A cobrança começaria em 2019 e nem os ônibus a diesel escapariam do pedágio.

A ideia é, além de criar uma área mais agradável, estimular o transporte público limpo e os deslocamentos não motorizados.

Hoje parte da frota de ônibus de Londres já é menos poluente, com veículos eléctricos ou híbridos, incluindo os famosos ônibus de dois andares.

Para 2020, o prefeito pretende expandir a restrição para toda cidade.

Outras cidades europeias, como Madri, Bruxelas, Paris, Stuttgart e Athenas também seguem o mesmo caminho para intensificar as restrições a veículos poluentes.

OPINIÃO

Enquanto isso, no Brasil, o tema pedágio urbano soa quase como um insulto e, com medo de polêmica e desgaste, os gestores e políticos, em sua maioria, sequer dizem ao menos estudar o tema para o futuro. As discussões ficam mais entre especialistas e mundo acadêmico.

Cidades como São Paulo, não poderiam hoje criar diferenciações de circulação de veículos não poluentes dos convencionais porque a frota destes automóveis ainda é insignificante. Os ônibus municipais que se adequariam hoje não chegaram a 600 dos 14.700 coletivos do sistema. Os táxis elétricos ou híbridos não chegam a 150 de uma frota com mais de 30 mil unidades. Carros particulares ou de entregas que poluam menos também são poucos.

Um pedágio urbano ou então zona de restrição a veículos, com proibição, mas sem cobrança, poderiam, no entanto, ajudar na redução do congestionamento e da poluição e aumento na segurança viária em zonas específicas, em especial as que possuem linhas de metrô e corredores de ônibus mais qualificados.

Mas em cidades onde ciclovias ou faixas de ônibus são vistas como obstáculos no meio do caminho de quem quer passar de carro, inclusive dos próprios gestores, ou que fechamento de vias para carros e abertura para pedestres ainda causa espanto, fica difícil pensar em medidas mais profundas e, claro, mais eficazes.

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