Petróleo fecha em alta, com temor sobre ômicron e aperto monetário do Fed

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O petróleo passou a maior parte da sessão desta quarta-feira (15) em terreno negativo, mas encerrou em alta, mesmo com o dólar ganhando força após a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de acelerar a retirada de estímulos da economia americana. O dia também foi marcado pelo dado de estoque de gasolina nos EUA, bastante abaixo do projetado por economistas.

Os preços dos contratos para fevereiro do Brent, a referência global, terminaram o dia em alta de 0,24%, a US$ 73,88 por barril, na ICE, em Londres, enquanto os preços dos contratos para janeiro do WTI, a referência americana, subiram 0,20%, a US$ 70,87 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

O petróleo avançou na sessão mesmo com o dólar ganhando força no exterior, após a decisão de política monetária do BC americano. Próximo do fechamento da sessão, o índice DXY subia 0,11%. No meio da tarde desta quarta, no entanto, o indicador recuava 0,04%, a 96,536 pontos.

O pregão foi marcado pela decisão da autoridade monetária dos EUA em subir o ritmo do corte de estímulos para US$ 30 bilhões, em vez dos US$ 15 bilhões definidos no encontro de novembro. Também esteve no foco dos investidores, hoje, os números do Departamento de Energia (DoE) americano. Os estoques de petróleo na semana encerrada na última sexta (10) caíram 4,5 milhões de barris, enquanto o esperado por economistas consultados pelo “Wall Street Journal” era de um recuo de 2 milhões de barris.

As preocupações com a ômicron devem manter os preços do petróleo em queda, já que o vírus continua a se espalhar rapidamente até mesmo em países fortemente vacinados, avaliou Edward Moya, analista sênior da Oanda. Apesar disso, os contratos viraram após a decisão nos EUA.

“Os preços do petróleo tornaram-se positivos depois que o Fed confirmou sua virada agressiva e sinalizou que está se posicionando para enfrentar a inflação no segundo trimestre. O Fed espera entregar apenas alguns aumentos das taxas no próximo ano e isso ainda deve permitir que a economia cresça 4% no ano que vem”, disse Moya.

Fonte: Valor Econômico

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