Pré-sal atrai interesse de multinacionais de petróleo

Exxon e Petrobras podem negociar parcerias, diz jornal
05/04/2017
Parente: Petrobras está virando uma chave
05/04/2017
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Fonte: Valor Online

Petroleiras internacionais têm demonstrado interesse em investir no pré-sal brasileiro. Em março, durante evento do setor em Houston, nos Estados Unidos, a Petrobras teve contato com grandes companhias que manifestaram disposição no assunto, disse Pedro Parente, presidente da estatal, após participar de evento promovido pelo "Financial Times", na tarde de ontem em São Paulo. "Essa demonstração de interesse aconteceu por diversas empresas, inclusive a Exxon. Mas, sob o ponto de vista de trabalhos para uma parceria estratégica, não temos nada ainda de concreto", disse o presidente.
Citando fontes próximas das negociações, agências internacionais de notícias divulgaram ontem que a americana Exxon Mobil, única gigante petrolífera mundial sem presença no Brasil, estaria em conversações com a Petrobras para obter acesso às aguas profundas do país. As conversações incluiriam, ainda segundo as agências, discussões para uma possível joint venture por meio da qual a Exxon investiria em projetos com a Petrobras ou na compra de fatias em campos no mar que o governo brasileiro pretende comercializar neste ano, disseram as fontes. Parente afirmou que houve "certamente" uma "manifestação de interesse muito grande na área de exploração e produção do pré-sal brasileiro".
A Exxon juntaria-se à gigante francesa Total e à estatal norueguesa Statoil, ambas com parcerias com a Petrobras e que foram expandidas no ano passado. A Shell anunciou recentemente que planeja investir US$ 10 bilhões no país nos próximos cinco anos como parte de um esforço para dobrar sua produção global de águas profundas. Em um evento na parte da manhã, dessa vez promovido pelo Bradesco, Parente disse que a Petrobras vai continuar perseguindo as metas de redução do seu endividamento "sem relaxar". A Petrobras já conseguiu reduzir a relação entre dívida líquida e resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 5,3 vezes ao fim de 2015 para 3,5 vezes ao fim de 2016, e tem como meta chegar a 2,5 vezes. "Se as coisas continuarem assim, conseguiremos atingir um patamar até mesmo menor que 2,5 vezes", disse, completando que a empresa "não vai relaxar em momento nenhum na execução do plano". O presidente da Petrobras lembrou ainda que o custo da dívida da estatal estava subindo a níveis alarmantes. "Se não estivéssemos fazendo esse trabalho, com o plano para reduzir a alavancagem, essa conta poderia chegar à casa de US$ 15 bilhões, US$ 17 bilhões", disse. Em 2016, foram US$ 7,3 bilhões em custo da dívida. (Com Camilla Veras Mota e agências internacionais)

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