IPO da Raízen pode ser um dos maiores da história

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O Estado de S.Paulo

A Raízen protocolou ontem pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em uma distribuição que pode ser uma das maiores da história da B3, a Bolsa paulista. Conforme antecipou a Coluna do Broadcast no mês passado, a movimentação pode ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 13 bilhões.
A empresa, uma parceria entre a Cosan e a Shell, promoveu uma série de alterações na preparação para a oferta. Uma delas foi a alteração da razão social: a Raízen Combustíveis S/A passou a ser denominada apenas Raízen S/A. A companhia tem ainda como controlada a Raízen Energia.
A oferta será de ações preferenciais, sem direito a voto, mas com preferência no pagamento de dividendos.
A oferta deve buscar investidores interessados no tema de sustentabilidade, principalmente ao mostrar a presença da companhia no setor de biocombustíveis. Estrangeiros que já investem nas controladoras da Raízen teriam demonstrado interesse em fazer aportes na oferta, cujo preço das ações deve ser definido em meados deste mês.
“Nós nos consideramos um líder mundial em biocombustíveis e uma referência global em sustentabilidade, na vanguarda de importantes tendências internacionais em transição energética desenvolvendo soluções com baixa emissão de carbono”, informou a companhia no formulário de referência, que foi atualizado com o protocolo da oferta.
Resultados. A Raízen teve lucro líquido de R$ 1,55 bilhão no ano fiscal encerrado em 31 de março de 2021, o que representa uma queda de 35,4% em relação ao ano anterior.
De acordo com a empresa, seus resultados foram influenciados pela queda nas vendas de etanol, de gasolina e de combustíveis para aviação por causa das consequências da pandemia da covid-19 na economia.
Ao mesmo tempo, a empresa destaca que houve alta no volume vendido de açúcar em 145% no mesmo intervalo, graças ao início da operação de vendas através de terceiros.
A receita líquida da dona da marca Shell no Brasil somou R$ 114,6 bilhões, baixa de 5% frente ao período imediatamente anterior. Os exercícios anuais da Raízen sempre se encerram no dia 31 de março por causa dos ciclos de produção agrícola da empresa.

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