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Fonte: Automotive Business

A Honda vai acelerar o desenvolvimento e lançamento de veículos elétricos, híbridos e célula de hidrogênio. Na falta de horizonte claro sobre qual tecnologia vai prevalecer no futuro, a fabricante já tem pronta para uso estas três soluções, introduzidas no sedã Clarity, até há pouco tempo um carro conceito para mostrar em salões, que agora começa a ser vendido nas três opções de eletrificação. “Queremos eletrificar dois terços de todos os nossos automóveis até 2030”, prometeu o CEO global Takahiro Hachigo, durante a divulgação do novo plano estratégico da companhia esta semana no Japão (leia aqui).
Com o objetivo de aumentar a velocidade da eletrificação de seu portfólio, em outubro passado a Honda criou a Divisão de Desenvolvimento de Veículos Elétricos, alocada dentro de sua unidade de pesquisa e desenvolvimento em Tochigi, no Japão. “Uma equipe especializada está agora dedicada a desenvolver veículos elétricos completos, incluindo powertrain e chassi”, disse Hachigo.
Além dos três Clarity já desenvolvidos, a Honda promete lançar em 2018 um novo modelo alimentado por baterias exclusivo para a China, e também apresentará entre setembro e outubro próximos um outro elétrico destinado às demais regiões. “Vamos centrar foco em desenvolver novos carros dotados com nosso sistema híbrido plug-in de alta eficiência (em que as baterias são recarregadas pelo motor a combustão e também na tomada), ao mesmo tempo em que vamos fortalecer o desenvolvimento de elétricos a bateria ao lado de células de hidrogênio”, explicou Hachigo.
TRÊS SOLUÇÕES ELÉTRICAS
Todas as três rotas tecnológicas de eletrificação exploradas pela Honda já estão em fase madura de desenvolvimento. Os três Clarity estão prontos para o mercado no que diz respeito à funcionalidade de uso, são carros confortáveis, bem acabados e com bom desempenho, mas ainda sem competitividade de preço. O Clarity com célula de hidrogênio é o mais caro de todos e já está à venda somente por leasing para empresas no Japão e nos Estados Unidos. Híbrido e elétrico farão sua estreia em breve em ambos os países.
Para o time da recém-criada divisão de elétricos da Honda, atualmente a tecnologia híbrida plug-in ou puramente elétrica é a que faz mais sentido no horizonte mais curto de tempo, pois por um custo menor ambas têm potencial para redução substancial das emissões de gás de efeito estufa – considerando também que o motor a combustão do modelo híbrido pode ser alimentado por biocombustível, especialmente etanol, com emissões neutras, pois o CO2 lançado à atmosfera é reabsorvido pela própria plantação da matéria-prima do combustível, como milho ou cana-de-açúcar. Já a célula de hidrogênio, embora seja a mais limpa e eficiente das soluções de eletrificação, ainda precisa resolver o custo alto, por isso sua viabilidade comercial só deve ser alcançada entre 30 e 40 anos, nas estimativas dos engenheiros da Honda.
O Clarity PHVE (sigla em inglês para híbrido plug-in) combina um motor a combustão 1.5 ciclo Atkinson (mais econômico) com outro elétrico, que somados conferem 180 cavalos de potência ao sedã – ele é o mais potente dos três. Em velocidades abaixo dos 60 km/h, o carro pode rodar até 69 km só com propulsão elétrica. Para melhorar seu desempenho ecológico, bastará no futuro ser abastecido com etanol.
Na versão movida puramente por baterias, o Clarity EV tem motor elétrico de 160 cavalos e tem autonomia para rodar até 132 km antes de precisar de recarregamento. Muito leve, o carro é o mais rápido dos três, com respostas instantâneas ao acelerador. Para tornar a opção mais atrativa, a Honda vem fazendo progressos no desenvolvimento de baterias de alta densidade energética, cada vez menores e mais potentes, viabilizando assim o veículo elétrico. A fabricante também tem pronto um sistema de carga ultrarrápida, que com apenas 15 minutos (metade do tempo da concorrência) pode dar ao veículo autonomia de quase 250 km. Outra conveniência importante é a recarga sem fio, por indução: basta estacionar o carro no local indicado e as baterias começam automaticamente a ser reabastecidas sem necessidade de conexão em uma tomada, tornando a vida do motorista bem mais simples.
Já o Clarity FCVE (sigla para veículo elétrico a célula de hidrogênio) é uma espécie de usina geradora de energia. A célula com tamanho equivalente a um motor V6 recebe injeção de hidrogênio e gera eletricidade para alimentar um propulsor elétrico de 174 cavalos – o desempenho é bom, mas o peso de 1.860 kg cobra seu preço. O tanque de hidrogênio comprimido de 141 litros leva apenas três minutos para ser completado e garante autonomia de quase 600 km. A energia também é armazenada em baterias de íons de lítio.
No futuro, o carro a célula de hidrogênio poderá ser ligado à rede elétrica de uma residência. Os engenheiros da Honda calcularam que o Clarity FCEV carregado é capaz de suprir por até sete dias a eventual falta de energia de uma casa regular. O veículo também poderá devolver à rede pública a energia que não usa, passando assim a ser um provedor.

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